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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Separados pelo Bebê



Ser mãe muda tudo, isso a gente sabe que você já sabe. O que talvez você não espere é que muda também seu relacionamento com as outras mulheres: amigas, sogra ou irmã mais velha, para citar as mais próximas. Prepare-se!


Por Jenna McCarthy / tradução de Mariana Setubal, filha de Cidinha e Paulo

Um dia você é simplesmente a versão redonda de você mesma. No dia seguinte, está amarrada a um recém-nascido, seu corpo é um caldeirão de hormônios efervescentes e sua casa é um campo minado de brinquedos, cobertorzinhos e parafernálias de bebê. Aí vem sua vida pessoal, que não tem nada a ver com a vida que você levava há alguns meses. Quando você estava grávida, o relacionamento com amigos e família provavelmente era normal – mas agora que seu bebê está do lado de fora, o mundo ficou de ponta-cabeça, é ou não é? “Ter um bebê é uma revolução. É impossível passar por essa experiência sem mudanças”, diz Heather Gibbs Flett, co-autora de The Rookie Mom’s Handbook (“O livro de bolso das mães de primeira viagem”). “Se você continuar aplicando as mesmas velhas e boas (até ontem) regras aos seus relacionamentos, eles vão sofrer”. Ainda assim, sendo flexível e mantendo suas expectativas dentro da realidade, você consegue manter seus relacionamentos – e sua saúde mental. A gente dá algumas pistas de como conseguir essa façanha.

A amiga solteira e sem filhos
Nada nunca atrapalhou aquele programa semanal com a sua melhor amiga. Vocês cruzaram a Europa com uma mochila nas costas e dividiram segredos que ninguém mais sabe. Mas, agora, ela parece não entender por que você não está mais tão disponível. Muitas mulheres que não têm filhos curtem e aproveitam ao máximo seu papel de tias. Mas estamos falando de um outro tipo de amiga, aquela que está claramente contrariada por você não estar mais livre como antes. Ela fica triste quando você precisa cancelar o programa e reclama quando suas ligações terminam rápido (mesmo que seja por causa de um choro que tornaria qualquer conversa impossível). “Como assim? Ela não vê que você tem uma pequena pessoinha grudanas suas pernas?” Pois é, provavelmente não. Ou, ao menos, ela não consegue entender a dimensão das novas demandas acumuladas por essa nova pessoa. E quem consegue? Antes que você corte relações, considere tudo o que ela traz de bom para a sua vida: se, de repente, surgir uma brecha entre uma mamada e outra, ela é a melhor pessoa para curtir o momento com você, muito mais do que suas amigas que já são mães. Ela pode tomar conta das crianças se precisar e, quando você puder passar um tempo com ela, será um alívio, um verdadeiro respiro longe de fraldas e paninhos de boca, até porque ela não vai querer conversar sobre esse tipo de coisa. E ainda bem.
Se ela não a apoia nesse seu novo status de mãe, a melhor aproximação é aquela direta e otimista, diz Shoshanna Bennett, psicóloga clínica de Santa Rosa, na Califórnia. Você pode sugerir: “Adoraria te ver e tenho exatamente duas horas para curtir sua visita”; ou então, “Vamos dar uma volta, assim podemos fazer exercício e fofocar”. Com qualquer um desses convites, você não precisa choramingar nem defender seu novo papel de mãe. E ela vai ficar feliz de saber que você sente a falta dela. E do seu lado não-mãe.

Os amigos que pensam diferente
Vocês sempre apreciaram o jeito desencanado daquele casal de amigos – até todos terem filhos. Agora você fica revoltada quando eles levam as crianças para almoçar e só tem pizza e refrigerante no cardápio. As preferências que seus amigos têm como pais não são tão importantes. Eles podem se sentir melhor de fazer as coisas de determinada forma, ou podem estar improvisando e apenas tentando fazer o melhor que podem. Mas, se eles estão tentando te convencer de que seus métodos são pura bobagem, diga que isso é o que funciona melhor com a sua família. Se ignorarem, pode ser melhor se afastar. Quando as diferenças de estilo não representarem nenhum perigo real, considere todas as coisas positivas que vocês dividem, em vez de ser radical. Tente focar nos seus amigos – não no seu “script” de paternidade.

A amiga que faz tudo parecer fácil
Você e aquela amiga têm vidas bem parecidas, mas, enquanto você está lutando para conciliar tudo, ela está passando pela experiência de ser mãe sem muito esforço – já perdeu todos os quilos que ganhou na gestação e sua casa está sempre impecável. Nunca é fácil quando uma amiga aparenta ter uma vida melhor. A gente usa nossos amigos como parâmetro para medir nosso próprio sucesso. Então, ela só pode ser uma mãe melhor que você, certo? Não necessariamente. Ela pode ter mais facilidade naturalmente ou ter o tipo de família com o qual você apenas pode sonhar. Talvez ela tenha mais dinheiro, o que a permite ter uma babá e ir para a academia. “Reconheça que vocês estão no mesmo barco e lembre-se de que cada experiência tem seus prós e contras”, diz a psicoterapeuta Michelle Bersell. Você pode pensar que ela tem tudo de mão beijada, mas não vai saber antes de conhecê-la melhor. Talvez você descubra que, por dentro, ela está lutando com seu novo papel como todo mundo...

A irmã mandona
Sua irmã mais velha é aquela que sabe um pouco de tudo. De acordo com ela, o colchão de berço que você comprou não é o correto. Você está planejando amamentar por 6 meses? Ela o fez por mais de dois anos. Ela sempre foi uma chata, mas, agora que as duas são mães, sua irmã acha que é especialista em tudo que está relacionado à maternidade. “Pode ser que ela simplesmente esteja mais interessada em se certificar de que fez a coisa certa do que em criticar o seu modo de fazer as coisas”, diz Flett.
“Normalmente, os pais que se defendem com as visões mais fanáticas são, na verdade, os menos seguros sobre suas escolhas”, acrescenta a dra. Bennett. Se você sabe que suas filosofias são completamente diferentes, evite entrar nesses assuntos de maternidade. Quando ela faz algum comentário que você não pediu pra ouvir, “bom saber” é uma resposta neutra, que evita brigas. Lembre-se, também, de que conforme seu filho crescer, haverá escola, esportes e um monte de coisas para servir de motivo para discussão. Decidir agora com um simples “concordo em discordar” pode prevenir dores de cabeça lá na frente.

A sogra sufocante


Você achava que tinha ganhado na loteria das sogras... até agora. De repente, sua sogra se auto-coroou a Rainha Sabe-Tudo – e está te tratando como se você não tivesse a menor noção de nada.
O ideal seria o seu marido lidar com o caso. Se ele não concordar, então você vai ter de interferir. Tente vencer as táticas dela apontando o bom trabalho que fez educando os próprios filhos. Isso pode lhe dar a glória que ela nunca teve quando se tornou mãe. Outra opção: quando sua sogra oferecer conselhos que você não pediu, simplesmente sorria e agradeça. “As pessoas costumam relembrar coisas do passado quando veem um novo bebê, e sua explosão de conselhos é apenas uma forma de estabelecer contato com você”, diz Brenda Nixon, autora de The Birth to Five Book (“Do nascimento aos 5 anos”). Se ela está minando sua autoconfiança, uma conversa franca é o ideal. Minha linha favorita é esta: “Você fez as coisas do seu jeito quando teve seu bebê. Agora é a minha vez”. O papel dela é ser uma avó apaixonada; então, abra espaço para isso sem abrir mão do seu espaço de mãe. Como diz o velho ditado, essa só tem uma. E é você fonte - Revista Pais e Filhos.

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