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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Qual a hora certa de deixar a fralda?




Qual a hora certa de deixar a fralda?

Assim que chegar o verão, Um pouco antes de ir para a escola, Com 1 ano e meio ou... nenhuma dessas opções?

por CÍNTIA MARCUCCI, FILHA DE MARIZA E EMILIANO

Se você marcou a última alternativa, é isso mesmo. O tempo certo para iniciar o processo de retirada das fraldas não é quente nem frio. É o tempo do seu filho, que pode ser mais próximo dos 2 anos ou até depois dos 4. Se antes os pediatras apontavam 1 ano e meio como a data para começar o treino, hoje a orientação é esperar entre os 24 e os 30 meses. Quem explica é o pediatra José Eduardo Gomes de Miranda, pai de Fernanda e Silvia, autor de pesquisa sobre o tema. O estudo mostrou que não existe idade limite para tirar a fralda. É melhor esperar para não ter de lidar com consequências da antecipação. Se você correr agora, seu filho pode sofrer à toa. “A criança que inicia antes o treinamento tem mais recaídas e demora mais para estar livre das fraldas. Os riscos de constipação intestinal e enurese (escapes de urina) noturna são altos”, aponta Peper Abram Liquornik, pai de Alain e Ingrid, vice-presidente do departamento científico de pediatria ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria. Então, inspire, expire e... espere.
A gente entende a sua ansiedade para ver seu filho livre de vez das fraldas. Vai ser bem menos coisa para carregar, menos trabalho para achar um lugar viável para trocá-lo, um lixo adequado para jogar a fralda e o orgulho de ver um herdeiro já em condições de governar bem seu trono. Isso sem contar o alívio no bolso. São cerca de 4.800 fraldas até os 30 meses de idade. A descarga certamente sai muito mais em conta. Mas iniciar o processo só pensando no bolso pode ser a chamada economia porca. Tente imaginar um pouco o que essa situação representa para a criança. Nos primeiros anos de vida, ela está tentando entender a si mesma e não tem a mesma noção de higiene que um adulto. Por isso, faça o que fizer, não trate a hora de ir ao banheiro como algo sujo ou feio. Como diz o dr. Brazelton em seu livro Tirando as Fraldas (Ed. Artmed), elas entendem o xixi e o cocô como sendo coisas que elas produziram, coisas delas. Citando Freud, o cocô é a primeira obra de arte do bebê. Por que, então, ele não pode ficar com aquilo? É preciso explicar com cuidado que eles devem ir para outro lugar, esperar que a criança perca o interesse por aquelas fezes e deixá-la falar “tchau” antes de apertar a descarga. Sim, o “tchau, cocô” é uma despedida adequada.

Segure a onda (a sua)
Também pense que seu filho percebe se os pais estão muito aflitos ou decepcionados quando não corresponde ao que você espera. “A criança pode se tornar ansiosa, reter as fezes por medo de falhar ou, ainda, desenvolver sentimentos de 'não estar agradando' a esse adulto tão importante em sua vida”, explica a psiquiatra e assistente da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Unifesp, Ivete Gattás, mãe de Victória, Ligia e Henrique. E seu filho não vai atender às suas expectativas porque não consegue. “Algumas crianças desenvolvem problemas para se alimentar, pois associam o ato de comer ao de evacuar e há pessoas que têm reflexos disso até na fase adulta”. Melhor gastar um pouco mais em fralda.

Por favor, pare agora
Se a criança se recusar a usar a privada ou o penico, repense se é mesmo a hora certa. A cada sucesso, vale um reforço positivo sem exagero (um “muito bem”) – e nada de brigar ou demonstrar frustração se ela falhar ou se o xixi ou cocô escapar. Se for uma molhadinha na cama então, relaxe. “A enurese noturna é normal até os 5 ou 6 anos. O que muita gente não sabe é que essa tendência a deixar o xixi escapar é genética. Ou seja: se seu filho continuar a ter acidentes mesmo mais velho, é muito provável que um dos pais tenha tido o mesmo problema quando criança”, revela o dr. Liquornik. E apostamos que você não molha mais a cama... Cerca de 77% das crianças estão totalmente treinadas em menos de seis meses. Não se sinta pressionado a tirar a fralda só porque as outras crianças já tiraram. Recaídas são normais, em especial se há alguma mudança grande, como casa nova ou a chegada de um irmão. “Criar filhos sadios mentalmente é um grande desafio. Não acertaremos sempre, mas erraremos menos se pudermos, amorosamente, aceitar as limitações de cada fase, estimulá-los e ampará-los diante de novos desafios e sempre mais aplaudir os ganhos que criticar as derrotas”, aconselha a dra. Ivete. Nada que um pouco de paciência não resolva. Em breve, lá vai estar seu pequeno, reinando em seu trono.

CONSULTORIA: DR. PEPER ABRAM LIQUORNIK, PEDIATRA E VICE-PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA AMBULATORIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, TEL.: (21) 2527-3898 DR. JOSÉ DUARDO GOMES DE MIRANDA, PEDIATRA E COORDENADOR RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA DE PEDIATRIA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE (FCMS) DA PUC-SP, TEL.: (15) 3232-5611 DRA. IVETE GIANFALDONI GATTÁS, PSIQUIATRA, ASSISTENTE DA UPIA (UNIDADE DE PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ) DA UNIFESP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, TEL.: (11) 5579-2828 Fonte - Revista Pais e Filhos.




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